Se a plenitude do ar
não fala de si
é porque não há bocas no ar
Se o vazio do espaço
não causa vertigens
é porque o medo é sondado a cada passo
Se o coração de silêncio
ainda insiste em fugir
embala-o como criancinha
e leva-o ao Sábio em ti
Se melodias viventes
fazem cirandas ao luar
canta com elas, de leve,
e recolhe-as ao seio
num colar.
Todas as dores do mundo
Toda a luz do amanhã
toda a ciranda da vida
Todo espanto e desencanto
Toda esperança e medo
Toda sombra, grito, horror
- Materiais divinos
Doações de puro amor.
(Poema publicado por mim na Revista Ananda, 1999)
Ellô,
ResponderExcluirAdorei seu blog.
Tenho algumas poesias que me enviou, mas esta não conhecia.
Este é uma lado seu, mais um, que gosto demais.
Mô
Querida, grata!É, sempre adorei escrever...
ResponderExcluirEstou aguardando o nosso cafezinho...Beijo!