quarta-feira, 11 de setembro de 2013

"Ganchinhos energéticos"

Tenho 40 minutos de relógio para escrever, mas quero colocar no papel, se é que posso dizer assim...a imagem que me veio agora dos "ganchinhos energéticos".
A gente fala a torto e a direito de carências, joguinhos interpessoais, dificuldades interpessoais, compatibilidades, incompatibilidades etc...
E também falamos a torto e a direito de libertações, liberações, independências, estar centrado em si etc...
Mas a questão , agora, me parece absolutamente energética.
Explico: quando pequenos fomos criando defesas pra não sofrermos muito, já que os pequeninos, pra resistirem, não conseguem sentir tanta dor. E assim, nossas crianças  - aquelas que fomos um dia e que ainda estão em nós para serem tratadas e curadas -foram se  anestesiando com as defesas. Defesas são assim: uma proteção, uma tábua de salvação no meio da turbulência da vida. E claro que nos protegeram!!Viva!
Mas , como subproduto de não estarmos integrados, vamos anexando também as carências advindas delas. Elas quem? Nossas defesas, claro!Crescemos mas conservamos aqueles lugares paradinhos, congelados, estáticos, defendidos. E a carência vai aumentando numa equação matemática.
Carência: sempre falta algo,  um- não- sei - o - que - é , um buraco no estômago ( haja comidas e docinhos!), no coração( haja ganchinho energético no outro!), no sexo ( haja fantasias e  sexo vazio de sentido ), sei lá...
E ficamos deprimidos, doentes, isso e aquilo...tudo pra tampar um buraco com uma tampa de vento, de miragem,de ...vazio.
Um buraco sem fundo, me disse, há mais de 30 anos atrás um querido conselheiro.
Então seguimos pela vida e quanto mais defendidos, tanto mais carentes.
Até começarmos a querer ver e trabalhar tudo isso.
E aí todo esse "emocional "energeticamente sofrido, torcido, carente, vai sendo lavado, limpo, transformado.
 Precisamos de muita vontade, amor, compaixão e conhecimento verdadeiro, porque, como se diz, " a dor dói 2 vezes, uma pra ser colocada e outra pra ser tirada". E isso é apenas uma maneira de dizer...
Não é processo fácil, mas belo, rico e seguro, pra quem resolve se embrenhar através dessa selva.
 Terapias de auto-conhecimento, arte, música, práticas corporais, por exemplo,  são excelentes para esse movimento , para essa revolução energética, desde que procurem conectar os fios de fora com os fios de dentro, num processo integrado. Sempre visando a liberação interior, não a imagem, o "sucesso".
E os ganchinhos??
 - Através das carências vamos colocando ganchinhos energéticos uns nos outros e ficamos enredados, literalmente "enganchados" uns nos outros.Alguns dizem que isso é "envolvimento emocional", mas me parece mais "carência emocional".
O bonito é que, com o trabalho interno, vamos acompanhando o processo dos ganchinhos , e eles vão , 'as vezes, se "derretendo" no ar...
Ficamos mais corajosos, mais honestos...Devagarinho vamos nos tornando quem somos e ainda não sabíamos...
Acabou meu tempo!
Dá tempo de ouvir Beethoven?