sábado, 20 de novembro de 2010

Vivência de Música e Auto - Conhecimento (3)

No dia 3 de Dezembro , às 19h30, faremos a terceira Vivência de Música e Auto-Conhecimento no Ecomercado Avis Rara, em Sousas. Estão convidados!

TEMA: Coisas da Transformação... e da Alegria.

Estamos cada vez mais indo em direção a profundas transformações em nós mesmos, em nossas vidas... Como se estivéssemos aprendendo um novo funcionamento na mesma vida.
Coisas que, antigamente, funcionavam, artifícios que utilizávamos a contento, hábitos que nos preenchiam, agora se revelam repetitivos, meio esvaziados de sentido, sem força de vida, como se a fechadura tivesse mudado e a chave não abrisse mais a porta.
Algo em nós anseia ardentemente por esse NOVO que vislumbramos e já começamos a perceber uma nova chave em nossas mãos.
Devagarinho, vamos aprendendo a usá-la, indo em direção a nós mesmos e à nossa verdadeira alegria - ao nosso ser real.
Uma preciosa ferramenta para esse aprendizado é o "estar em contato consigo aqui e agora".
A conexão é feita através da atenção, das raízes fincadas dentro de nós. Nessa prática de "entrar em contato", podem vir emoções presas, retardadas - por exemplo, emoções da criança interna - e, se não dermos atenção, elas vão ficar no trajeto, impedindo esse contato.
Então, damos nossa permissão, entramos em contato e seguimos adiante.
Não é "pensar" na emoção, é sentir completamente, observar, conhecê-la e aceitá-la do jeito que é, tornar isso consciente.
Na nossa Vivência, a vibração da música entra e permeia a vibração do corpo.
Através do movimento do corpo e do som, criamos condições para que algo mais verdadeiro em nós tenha expressão.
Saímos da cabeça e entramos um pouco mais no Ser, através do corpo físico e do corpo de emoções, do nosso sentir.
Liberamos espaço para sermos mais verdadeiros, mais vivos, mais presentes em nós mesmos...

"De fato, é simples. Aprendemos a lei do ritmo. Pois a Verdade é um ritmo". 
(Satprem)

domingo, 7 de novembro de 2010

Reinvenção

A vida só é possível
reinventada.

Anda o sol pelas campinas
e passeia a mão dourada
pelas águas, pelas folhas...
Ah! tudo bolhas
que vêm de fundas piscinas
de ilusionismo... - mais nada.

Mas a vida, a vida, a vida,
a vida só é possível
reinventada.

Vem a lua, vem, retira
as algemas dos meus braços.
Projeto-me por espaços
cheios da tua Figura.
Tudo mentira! Mentira
da lua, na noite escura.

Não te encontro, não te alcanço...
Só - no tempo equilibrada,
desprendo-me do balanço
que além do tempo me leva.
Só - na treva,
fico:  recebida e dada.

Porque a vida, a vida, a vida,
a vida só é possível
reinventada.

(C. Meireles)