domingo, 11 de outubro de 2015

O poder da música

Nesse poder da música eu acredito!
Não no poder do intérprete, por melhor que ele seja.
O intérprete é um canal da música, uma espécie de médium da música.
Lembro que, no dvd do documentário do Nelson Freire, um jornalista fala isso dele, por isso o som dele, ao tocar, nos toca tanto!
O intérprete precisa de humildade, sabedoria, conhecimentos técnico-musicais e mil coisas mais.Nunca acaba sua formação!
Quanto mais tem valor, mais humilde deverá ser! Assim como o médico!
Claro que a humildade verdadeira, não aquela que imita.Mas não vamos botar o carro na frente dos bois:os detalhes dos conhecimentos apenas ajudam se o coração se abrir para o som, para o momento, se criar alegria, encantamento, união, auto-conhecimento...O micro se encaixando no macro.
Isso pode acontecer num momento mágico - já pensaram num pianista, verdadeiro intérprete em contato consigo mesmo, tocando no meio de uma floresta?( Sei que é um exemplo meio bizarro, muitos podem não entender,rir.. :) )
Ou um simples menininho que construiu seu instrumento com uma cabaça, uma corda e algum bamboo e toca sua criação com toda sua luz de alma...
E isso , essa criação de beleza ,pode não acontecer com toda uma magnífica perfeição executada por um venerável coro alemão, hindu, japonês ou por um luminar do violino tocando brilhantemente num stradivarius...
A música não existe para nos "dar poder", não é essa sua serventia.
Ela existe para nos ajudar a entrar em contato com o mais íntimo de nós, derrubando defesas internas, expondo nosso ser mais profundo, arriscando expor as proficiências e deficiências da personalidade construída!Ela nos ajuda a ir além desse pequeno ego, nos ajuda a entrar em contato com o imenso universo sonoro e estarmos mais presentes em nós mesmos!.
Emoticon smile Ou um simples menininho que construiu seu instrumento com uma cabaça, uma corda e algum bamboo e toca sua criação com toda sua luz de alma...E isso , essa criação de beleza ,pode não acontecer com toda uma magnífica perfeição executada por um venerável coro alemão, hindu, japonês ou por um luminar do violino tocando brilhantemente num stradivarius...A música não existe para nos "dar poder", não é essa sua serventia. existe para nos ajudar a entrar em contato com o mais íntimo de nós, derrubando defesas internas, expondo nosso ser mais profundo, arriscando expor as proficiências e deficiências da personalidade construída!Ela nos ajuda a ir além desse pequeno ego, nos ajuda a entrar em contato com o imenso universo sonoro e estarmos mais presentes em nós mesmos!.A sermos mais felizes, de verdade!A crescer, a amadurecer!
Rolf dizia que "tudo é som, tudo reage a som"
Se podemos ser um simples canal dessa grande energia, podemos dizer que somos intérpretes, aquele que se utiliza dos benefícios dela para unir,se conhecer, oferecer beleza, leveza, profundidade , e se curar, principalmente, da própria arrogância...
Aquele que não vive sem ela, que precisa dela cotidianamente,como da água que bebe, do ar que respira...
Aquele que ama!
Tenho tb essa percepção sobre qq outro instrumento de cura - como a utilização da medicina como meio de auto-conhecimento e cura.
Não queremos essa medicina que transforma simples seres humanos médicos em semi-deuses, a serviço do ego.
Não queremos esses músicos semi-deuses que se endeusam e são endeusados!
Ah, vamos caminhando em busca dessa simplicidade que nos torna, simplesmente, humanos, compassivos.
Sem esquecermos da querida criança interna, ajudando-a a caminhar, confiar, vibrar...
Que grande companheira,a música...
Essas são  reflexões, como musicista e  terapeuta, de uma  caminhante do caminho!
Essa carinha sorridente aí em cima :) apareceu e quis permanecer, tentei tirar e continuou permanecendo...
OK, deve ter a ver com a tal da leveza...  :)